DOSAGEM DE CONCRETOS PRODUZIDOS COM AGREGADO MIÚDO
Ano:
2012
Autor:
Juliana Oliveira Malta
Orientador:
Jardel Pereira Gonçalves
Co-orientador:
Vanessa Silveira Silva
Banca Examinadora:
Daniel Veras Ribeiro;
Paulo Correia Gomes;
Palavras chave:
Dosagem, Concreto, Agregado miúdo reciclado.;
Resumo:
A indústria da Construção Civil é responsável por um grande impacto ambiental,
principalmente em relação à quantidade de resÃduo gerado. Muitos estudos têm sido
desenvolvidos para reduzir a geração de resÃduos na fonte, reutilizando sempre que possÃvel
na forma de agregados reciclados. As diferentes formas de dosar os concretos, bem como os
diferentes tratamentos dados aos agregados reciclados, influenciam as propriedades do
concreto nos estados fresco e endurecido. Verifica-se que os métodos utilizados para dosar os
concretos reciclados são os mesmos para dosar concretos convencionais, com alguns ajustes
de parâmetros. Neste trabalho, foram dosados concretos convencionais (métodos ACI/ABCP
e IPT/EPUSP) e concretos de alto desempenho (métodos de AITCIN e MEHTA/AITCIN),
com taxas de substituição do agregado miúdo natural (AMN) pelo miúdo reciclado (AMR) de
0%, 25% e 50%, utilizando os procedimentos de compensação de parte da água de absorção
dos agregados reciclados e a não compensação. Foi realizado um estudo com argamassas para
três relações a/c 0,4, 0,5 e 0,6, com substituições de 0%, 25% e 50% de areia natural por areia
reciclada. Para avaliar a influência das práticas de dosagem nas argamassas no estado fresco
foi realizado ensaio de reologia no viscosÃmetro Brookfield e na mesa de consistência; no
estado endurecido foi realizado o ensaio de resistência à compressão axial nas idades de 3,7 e
28 dias; absorção por imersão aos 28 dias e termogravimetria aos 28 dias. Para avaliar a
influência das práticas de dosagem do concreto no estado fresco foi utilizado o ensaio de
abatimento do tronco de cone. Para avaliar essa influência no estado endurecido, foram
realizados os ensaios de resistência à compressão axial nas idades de 3, 7, 28 e 63 dias,
resistência à tração por compressão diametral aos 28 dias, ensaio de absorção por imersão aos
28 dias e ensaio de determinação da velocidade de ondas ultrassônicas aos 63 dias. Em
relação à s argamassas produzidas com substituição de resÃduo, nota-se que há um aumento de
viscosidade; a incorporação do AMR diminuiu a resistência; o procedimento de compensação
provocou uma maior queda de resistência à compressão axial e maior absorção em relação à s
misturas sem compensação. Os concretos sem compensação apresentaram resistências Ã
compressão axial maiores em relação aos que tiveram compensação, para todos os métodos e
teores de substituição. Para os concretos com compensação, houve aumento da absorção. Os
resultados mostram que os métodos de dosagem e os procedimentos adotados para produção
de materiais cimentÃcios contendo AMR apresentam parâmetros diferentes e que isto
influencia nas suas propriedades nos estados fresco e endurecido.